Certa vez li um artigo publicado no jornal O Tempo, uma reportagem escrita por Carol Rache sob o título “O tempo não cura Nada”. Este texto trás reflexões tão profundas e significativas, que resolvi transcrever alguns trechos aqui:
“Certamente alguém já te contou que o melhor remédio para toda e qualquer dor é o tempo. Peço licença às avós afetuosas, às mães bem-intencionadas e aos amigos camaradas, que tantas vezes nos prometeram que nosso sofrimento seria remediado pelo tempo, para te revelar justamente o contrário: o tempo, meu caro leitor, não cura nada.
A única coisa que o tempo faz por nós é tirar o problema de foco, pelo simples fato de nos apresentar novos desafios que acabam se tornando mais urgentes e relevantes. O tempo nos distrai, mas não cura nossas memórias de dor.
Quem nos cura é o nosso movimento. É a nossa disposição para desvendar qual é a transformação sugerida por trás de cada dor.
Um pouco de tempo pode ser, sim, uma ajuda bem-vinda. No calor dos acontecimentos, nossas emoções podem nos deixar cegos, e isso, além de bagunçar nossas percepções, contamina nossas reações. Um problema não pode ser resolvido a partir do mesmo estado emocional em que foi criado.
É justamente porque o tempo tem o poder de nos distrair que alguns instantes de respiro podem ser preciosos para que possamos criar espaço entre a resposta emocional que uma situação desperta e a nossa forma de interpretar, reagir e armazená-la.
Podemos continuar depositando nossas questões na conta do tempo desde que saibamos que, ao fazermos isso, estamos escolhendo nos distrair, e não nos transformar”.
E para finalizar a reflexão acima, ainda acrescentaria a seguinte pergunta: quem cura o tempo perdido?
Pegou?
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